Melhoral 20 comprimidos
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Melhoral 500Mg + 30Mg 20 comprimidos

Melhoral está indicado para o alívio das dores ligeiras ou moderadas, da febre e de fenómenos inflamatórios, nomeadamente os de localização articular.

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO


1. NOME DO MEDICAMENTO
Melhoral 500 mg + 30 mg comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido contém 500 mg de ácido acetilsalicílico e 30 mg de cafeína.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Branco redondo, ranhurado numa face, com inscrição “Melhoral” na outra face.


4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Melhoral está indicado para o alívio das dores ligeiras ou moderadas, da febre e de
fenómenos inflamatórios, nomeadamente os de localização articular.

Assim, o Melhoral é terapeuticamente útil no tratamento das cefaleias, dores
musculares e febre, que acompanham as constipações e processos gripais, no alívio
temporário das dores articulares, do lumbago e da ciática; nas odontalgias e dores que
se seguem às extracções dentárias; nas nevralgias e dores nevríticas; na dismenorreia
e, em geral, em todas as situações dolorosas e/ou febris de natureza infecciosa ou
resultantes de processos de imunização.

4.2 Posologia e modo de administração
Administrar por via oral.
Adultos: 1 a 2 comprimidos.
Estas doses podem ser repetidas até 3 vezes ao dia.


Crianças com idade inferior a 12 anos: não se recomenda o uso de Melhoral.

4.3 Contra-indicações
-Hipersensibilidade à(s) substância(s) activa(s), aos salicilatos ou a qualquer dos
excipientes. O uso do ácido acetilsalicílico está contra-indicado em indivíduos com
hipersensibilidade a este fármaco. A administração de doses superiores a 100 mg/dia
está contra-indicada no terceiro trimestre de gravidez. Todas as outras situações são
contra-indicações relativas;
-Doença renal;
-Insuficiência cardíaca congestiva;
-Medicação com anticoagulantes;
-História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica
anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE);
-Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente
(dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).


4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A administração concomitante de ácido acetilsalicílico com AINE, incluindo
inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz
durante o menor tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência, especialmente de hemorragias
gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2.).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de
hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias
fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos
gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em
doentes com história de úlcera péptica, especialmente associada a hemorragia ou
perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem
ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de
sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do
tratamento.

Nestes doentes, o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A coadministração
de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de
protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitem de tomar
simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de
hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores
selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários (ver secção
4.5.).

Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar ácido
acetilsalicílico, o tratamento deve ser interrompido.


Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença
inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas
situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8.).

Dado que foi levantada, por alguns autores, a hipótese ainda não confirmada, de haver
uma relação entre a administração de ácido acetilsalicílico e a síndrome de Reye, este
medicamento deve ser usado com cuidado em crianças ou adolescentes com varicela
ou estados gripais.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e
Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico
(> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros
medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.:
doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a coadministração
de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter
como consequência a progressão da deteoriorização da função renal, incluindo a
possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A
ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar
ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta
associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em
doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser
analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica
concomitante, e periodicamente desde então.

Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver
secção 4.4.).

Anticoagulantes: os salicilatos podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais
como a varfarina (ver secção 4.4.).

Agentes anti-agregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da
serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.).

O ácido acetilsalicílico liga-se às proteínas circulantes, podendo assim deslocar outros
medicamentos dos seus pontos de ligação. Este facto tem especial importância nos
doentes que tomam medicamentos hipoglicemiantes do grupo das sulfonilureias ou
metotrexato e poderá exigir o ajustamento das doses, ou mesmo desaconselhar o seu
uso simultâneo.

4.6 Gravidez e aleitamento
Administração de doses baixas (até 100 mg/dia)
Os dados dos ensaios clínicos sugerem que a administração de doses até 100 mg/dia
em indicações obstétricas restritas (por exemplo no casos dos abortamentos de
repetição de etiologia supostamente imunológica e do hidrâmnios), que requerem
monitorização especializada, é aparentemente segura.

Administração de doses entre 100 e 500 mg/dia
A experiência relativa ao uso de doses entre 100 mg/dia e 500 mg/dia é insuficiente.
Consequentemente, as recomendações que em seguida se enunciam relativas à
administração de doses superiores a 500 mg/dia, aplicar-se-ão também a este intervalo
posológico.

Administração de doses de 500 mg/dia ou superiores
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou
o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um
aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastrochisis
na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da
gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores
inferiores a 1% para aproximadamente 1,5%. Presume-se que o risco aumenta com a
dose e duração do tratamento.
Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das
prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e posimplantórios
e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior
incidência das várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em
animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período
organogenético.


Durante os 1º e 2º trimestres de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser
administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for
usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestre de
gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de
tempo possível.


Durante o 3º trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglnadinas
podem expor o feto a:
-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de
Botal) e hipertensão pulmonar).
-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligodrâmnios.


Na fase final da gravidez, a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito anti-agregante que pode
verificar-se mesmo com doses muito baixas.
-Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do
trabalho de parto.


Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 100 mg/dia de ácido
acetilsalicílico está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.


4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

4.8 Efeitos indesejáveis
Gastrointestinais: os eventos adversos mais frequentemente observados são de
natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas,
perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4.).
Náuseas, dispepsia, vómitos, hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia,
obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver
secção 4.4.) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos.
Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.

Sintomatologia gastrointestinal incluindo mal-estar epigástrico, anorexia, náuseas e
vómitos, podem surgir após a ingestão de dose única de ácido acetilsalicílico.
Raramente, podem ocorrer manifestações alérgicas como asma, manifestações
cutâneas, edema angioneurótico ou choque anafilático. Com doses maiores podem
ocorrer hipoprotrombinemia e retenção de sódio.

Além de hemorragia gastrointestinal, os efeitos secundários graves incluem
hemorragia gastrointestinal, lesão renal e depressão da hematopoiese. O ácido
acetilsalicílico pode inibir a acção dos antidiabéticos orais ou dos uricosúricos
utilizados no tratamento da gota.

Sinais moderados de intoxicação pelos salicilatos ocorrem após administração
repetida de doses mais altas. A sintomatologia inclui cefaleias, estonteamento, tinidos,
visão enevoada, letargia, confusão mental, sudorese, sede, hiperventilação, náuseas,
vómitos e ocasionalmente, diarreia.

4.9 Sobredosagem
As doses de ácido acetilsalicílico referidas como letais, têm variado entre 10 e 30 g,
mas quantidades muito maiores têm sido ingeridas sem provocarem a morte desde que
um tratamento eficaz e a tempo tenha sido feito.

As formas graves de intoxicação são caracterizadas por alterações do S.N.C.,
incluindo alterações do E.E.G., manifestações cutâneas e perturbações do equilíbrio
ácido-base. As manifestações do S.N.C. podem ser, nos casos graves, convulsões e
coma.

A alteração mais importante da intoxicação pelo ácido acetilsalicílico é a perturbação
do equilíbrio ácido-base.

O tratamento da intoxicação pelo ácido acetilsalicílico representa uma emergência
médica. A morte pode sobrevir mesmo que sejam seguidos todos os passos do
tratamento.


A absorção do salicilato no tracto gastrointestinal pode ser reduzida pelo vómito,
lavagem gástrica, administração de carvão activado, ou por um conjunto destas
medidas.

As primeiras medidas terapêuticas deverão ser dirigidas para a correcção da
hipertermia e desidratação e para a manutenção de uma função renal adequada. O tipo
e a quantidade dos solutos a serem utilizados, dependem das alterações electrolíticas
observadas. Se o doente está em acidose, é fundamental a sua correcção, dado que
nesta situação há uma maior difusão do salicilato para os tecidos, nomeadamente o
cérebro.

Como norma geral é fundamental forçar a diurese, com soluções alcalinizantes.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: 2.10 -Sistema Nervoso Central. Analgésicos e
antipiréticos.
Código ATC: N02BA51

O ácido acetilsalicílico é um analgésico e anti-inflamatório não esteróide, como tal é
inibidor da enzima ciclo-oxigenase, que resulta na inibição directa da biossíntese das
prostaglandinas e tromboxanos a partir do ácido araquidónico. O ácido acetilsalicílico
também inibe a agregação das plaquetas e é usado para doenças cardiovasculares.

A cafeína é uma xantina cujas acções se exercem, em doses terapêuticas ao nível do
sistema nervoso central, rim, músculo cardíaco e vasos sanguíneos. Nas doses
utilizadas neste medicamento, considera-se que os únicos efeitos que se farão sentir
será um leve efeito estimulante ao nível do sistema nervoso central e uma reduzida
vasoconstrição ao nível das ateríolas cerebrais.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rapidamente absorvido pelo tracto
gastrointestinal. A absorção de ácido acetilsalicílico não-ionizado é feita no estômago
e no intestino. Algum ácido acetilsalicílico é hidrolisado a salicilato na parede do
intestino. Após a absorção o ácido acetilsalícico é rapidamente convertido em
salicilato, mas durante os primeiros 20 minutos após a administração oral, o ácido
acetilsalicílico é a forma predominante do fármaco no plasma. O ácido acetilsalicílico
liga-se em 80 a 90% às proteínas do plasma. E, distribui-se extensamente; o seu
volume de distribuição, em adultos, é de cerca de 170 ml por Kg de peso corporal.
Com o aumento da concentração do fármaco ligado a proteínas, os pontos de ligação
das proteínas ficam saturados e o volume de distribuição aumenta. Tanto o ácido
acetilsalicílico como o salicilato têm actividade farmacológica, apenas o ácido
acetilsalicílico tem efeito anti-agregante plaquetário. O salicilato liga-se
extensivamente às proteínas plasmáticas e distribui-se rapidamente por todas as partes
do corpo. O salicilato aparece no leite materno e atravessa a placenta.

O salicilato é principalmente eliminado por metabolismo hepático. Os metabolitos
incluem o ácido salicilúrico, glucoronido salicil fenólico, glucoronido acil salicilco, o
ácido gentísico e o ácido gentisúrico. A formação dos principais metabolitos ácido
salicilúrico, glucoronido salicil fenólico, é facilmente saturada e segue as cinéticas
Michaelis-Menten, as outras vias metabólicas são processos de primeira passagem.
Isto resulta num aumento das concentrações plasmáticas de salicilatos
desproporcional à dose. O tempo de semi-vida de eliminação do fármaco é de 2 a 3
horas, que aumenta com doses mais elevadas. O salicilato é excretado inalterado na
urina. A quantidade excretada por esta via aumenta com a dose e com o pH. A
excreção renal envolve filtração glomerular, secreção tubular renal activa e reabsorção
tubular passiva.

A cafeína é rapidamente absorvida após administração oral e extensamente distribuída
pelo corpo. A cafeína passa rapidamente para o sistema nervoso central e para a
saliva, em baixas concentrações também está presente no leite materno. A cafeína
atravessa a placenta. Nos adultos a cafeína é quase completamente metabolizada no
fígado via oxidação, demetilação, e acetilação e é excretada na urina como ácido 1metilúrico,
1-metilxantina, 7-metilxantina, 1,7-dimetilxantina, 5-acetilamino-6formilamino-
3-metiluracilo e outros metabolitos com apenas cerca de 1% na forma
inalterada. A semi-vida de eliminação é aproximadamente de 3 a 7 horas em adultos.

5.3 Dados de segurança pré-clínica
Na literatura, os dados de segurança pré-clínica das substâncias activas deste
medicamento não revelaram quaisquer resultados pertinentes ou conclusivos
relevantes para a posologia e uso recomendado, que não tenham já sido mencionados
neste resumo.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Amido de milho.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
5 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar a temperatura inferior a 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister de PVC/Alu.
Embalagem com 20 comprimidos.


6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Não existem requisitos especiais.

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