

Aspirina contém como substância activa o ácido acetilsalicílico que pertence a um grupo de substâncias conhecidas como anti-inflamatórios não esteróides (AINE), eficazes no alívio sintomático da dor(de cabeça, dores de dentes, dores musculares, dores menstruais) e febre.
FOLHETO INFORMATIVO: Informação para o utilizador
ASPIRINA 500 mg comprimidos
Ácido acetilsalicílico
Este folheto contém informações importantes para si. Leia-o atentamente.
Este medicamento pode ser adquirido sem receita médica.
No entanto, é necessário utilizar Aspirina com precaução para obter os devidos
resultados.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
- Caso precise de esclarecimentos ou conselhos, solicite os serviços do
farmacêutico.
- Em caso de agravamento ou persistência dos sintomas após 3 dias, consulte
o seu médico.
Este folheto contém as seguintes informações:
1. O que é Aspirina
2. Para que é usada Aspirina
3. O que é preciso saber antes de tomar Aspirina
4. Como tomar Aspirina
5. Efeitos secundários possíveis da Aspirina
6. Como conservar Aspirina
Aspirina contém como substância activa o ácido acetilsalicílico. Apresenta-se
na forma de comprimidos.
Outros componentes:
Celulose em pó e amido de milho.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Bayer Portugal S.A.
Rua da Quinta do Pinheiro, 5
2794-003 Carnaxide
Fabricante:
APROVADO EM
23-06-2008
INFARMED
Bayer Bitterfeld GmbH
Salegaster Chausse, 1
D-06803 Greppin
Alemanha
1. O que é Aspirina
Cada comprimido de Aspirina contém como substância activa 500 mg de ácido
acetilsalicílico.
Aspirina encontra-se disponível em embalagens de 4 e de 20 comprimidos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Grupo farmacoterapêutico: 2.10 Analgésicos e antipiréticos
Aspirina contém como substância activa o ácido acetilsalicílico que pertence a
um grupo de substâncias conhecidas como anti-inflamatórios não esteróides
(AINE), eficazes no alívio sintomático da dor e febre.
2. Para que é usada Aspirina
Aspirina está indicada no alívio de dores de intensidade ligeira a moderada
como p. ex. dores de cabeça, dores de dentes, dores musculares, dores
menstruais e ainda nos estados febris associados a resfriados ou gripe.
3. O que é preciso saber antes de tomar Aspirina
Situações em que não deve usar Aspirina
Se apresenta alguma das situações abaixo descritas não deverá tomar
Aspirina:
- Alergia conhecida ao ácido acetilsalicílico ou a substâncias do mesmo tipo ou
a qualquer dos outros componentes do medicamento.
- Consulte também a secção "Outros componentes" para verificar se é alérgico
ou intolerante a algum dos componentes de Aspirina.
- Se não tem a certeza de já ter tido qualquer alergia devida ao ácido
acetilsalicílico consulte o seu médico.
- Não usar em crianças e adolescentes com doenças febris, a não ser por
recomendação expressa do médico.
- Tendência para hemorragias; ou tiver história de hemorragia gastrointestinal
ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não
esteróides (AINE);
- Úlceras pépticas activas;
- Asma induzida pela administração de salicilados ou substâncias de acção
similar, em particular fármacos anti-inflamatórios não esteróides;
- No caso de tratamento com metotrexato em doses iguais ou superiores a 15
mg/semana (ver mais abaixo a secção "Tomar Aspirina com outros
medicamentos");
- Durante a gravidez e aleitamento, os medicamentos contendo ácido
acetilsalicílico não devem ser usados a não ser por receita médica;
Situações em que Aspirina deve ser usada com precaução
Se apresenta alguma das situações abaixo descritas deverá consultar o
médico antes de tomar Aspirina:
- Alergia a outros medicamentos anti-inflamatórios, anti-reumáticos ou outras
substâncias alergéneas;
- Está a tomar medicamentos que diminuem a coagulação sanguínea
(anticoagulantes, tais como a varfarina);
- Doença dos rins ou fígado;
- Sofre de alergias (Ex: reacções cutâneas, prurido, erupções cutâneas), asma,
febre dos fenos, pólipos nasais, ou doenças crónicas respiratórias;
- Antes de uma cirurgia (incluindo operações menores, tais como extracções
dentárias), pois devido ao seu efeito inibidor sobre a agregação plaquetária, o
ácido acetilsalicílico provoca um aumento da tendência para hemorragias.
- Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história
de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na
medida em que estas situações podem piorar.
- Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar
Aspirina o tratamento deve ser interrompido
Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção de ácido úrico. Em
determinadas circunstâncias, tal poderá desencadear um ataque de gota, em
doentes que já manifestem tendência para tal.
Nos alcoólicos crónicos (3 ou mais bebidas por dia) apresentam um aumento
do risco de hemorragia do estômago devido ao ácido acetilsalicílico.
Durante o tratamento a longo prazo com elevadas doses de analgésico, podem
ocorrer dores de cabeça que não devem ser tratadas com doses mais
elevadas.
Não usar doses maiores que as recomendadas, nem durante mais de três dias
ou em crianças com menos de três anos, nem durante a gravidez ou quando
haja úlcera gástrica ou duodenal ou tendência para hemorragias, a não ser por
expressa indicação do médico.
O uso habitual de analgésicos pode provocar lesões graves e irreversíveis nos
rins. Este risco será especialmente acentuado se o doente tomar
simultaneamente diferentes analgésicos. A Aspirina não deve ser associada
com outros medicamentos que também contenham ácido acetilsalicílico.
Não usar em crianças com febre sem consultar o médico.
Gravidez e aleitamento
Se estiver grávida ou a amamentar consulte o seu médico antes de tomar
qualquer medicamento.
Durante a gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser administrado a não
ser que seja estritamente necessário e sempre por indicação e sob vigilância
médica. Se por indicação médica o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres
que estejam a tentar engravidar, ou durante a gravidez, a dose administrada
deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.
A utilização de ácido acetilsalicílico durante a gravidez pode aumentar o risco
de aborto espontâneo, malformações congénitas e, na fase final da gravidez
prolongar o tempo de hemorragia e atrasar o trabalho de parto.
Durante a gravidez e aleitamento os medicamentos contendo ácido
acetilsalicílico não devem ser usados, a não ser por receita médica.
Crianças e idosos
Aspirina pode ser tomada por crianças a partir de 12 anos de idade.
Não usar em crianças e adolescentes com doenças febris a não ser por
recomendação expressa do médico, pois existe uma possível associação entre
o ácido acetilsalicílico e a síndroma de Reye quando administrado a crianças
com febre, devido a infecções virais (em particular varicela e gripe).
A Aspirina pode ser tomada por pessoas idosas, embora em caso de
posologias excessivas (muito elevadas) possam ocorrer tonturas e zumbidos.
Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas,
especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem
ser fatais.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas.
Em caso de sobredosagem podem ocorrer zumbidos, vertigens e confusão
mental, caso estes ocorram o doente não deve conduzir ou utilizar máquinas.
Tomar Aspirina com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado
recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem
receita médica.
A administração simultânea de Aspirina com outros anti-inflamatórios não
esteróides, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.
Quando tomado em conjunto com os medicamentos abaixo indicados, a
Aspirina pode causar um aumento ou uma diminuição do efeitos desses
medicamentos. Por este motivo, se está a tomar algum dos medicamentos
adiante indicados, deverá sempre informar-se junto do seu médico ou
farmacêutico antes de usar Aspirina.
São intensificados os efeitos de:
. Metotrexato (usado em transplantes) em doses inferiores a 15 mg/semana
(aumento dos efeitos tóxicos);
. Anticoagulantes – cumarina, heparina e varfarina - (usados no tratamento de
certas doenças cardíacas e circulatórias);
. Anti-inflamatórios não esteróides tomados com salicilados (usados no
tratamento de dores, febre, artrite e reumatismo): aumento do risco de úlceras
e hemorragias gastrointestinais;
. Inibidores selectivos da recaptação da serotonina (antidepressivos): aumento
do risco de hemorragia gastrointestinal;
. Aumento das concentrações plasmáticas de digoxina (usada no tratamento
da insuficiência cardíaca);
. Antidiabéticos (ex: insulina e sulfonilureias);
. Trombolíticos e inibidores da agregação plaquetária (ex: ticlopidina):
aumento do risco de hemorragias.
. Bebidas alcoólicas: o seu uso em conjunto com Aspirina pode aumentar o
risco de hemorragia gastrointestinal.
. Ácido valpróico (usado no tratamento da epilepsia);
. Glucocorticóides sistémicos, com excepção da hidrocortisona usada no
tratamento de substituição na doença de Addison: diminuição dos efeitos dos
salicilados durante o tratamento com corticosteróides. Ao parar o tratamento
com os glucocorticóides pode ocorrer um aumento dos efeitos tóxicos do ácido
acetilsalicílico.
. Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia
gastrointestinal
São atenuados os efeitos:
. de medicamentos diuréticos, tais como os chamados antagonistas da
aldosterona ou os diuréticos da ansa, Inibidores da Enzima de Conversão da
Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII A administração
de ácido acetilsalicílico (> 3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim
como de outros medicamentos anti-hipertensores e afectar seriamente o
funcionamento dos rins. Consequentemente, esta associação medicamentosa
deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os
doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a
necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica
concomitante, e periodicamente desde então.
. de medicamentos destinados a aumentar a excreção de ácido úrico
(uricosúricos), tais como benzobromarona e o probenecide, usados no
tratamento da gota.
4. Como tomar Aspirina
Adultos: recomenda-se 1 - 2 comprimidos
Não se devem tomar mais de 8 comprimidos por dia e deve haver um intervalo
de 4 - 8 horas entre as tomas.
Crianças a partir de 12 anos: 1 comprimido. Não se devem administrar mais de
3 comprimidos por dia e deve haver um intervalo de 4 - 8 horas entre as tomas.
Não usar em crianças e adolescentes com doenças febris, a não ser por
recomendação expressa do médico.
Os comprimidos de Aspirina devem ser dissolvidos em água e tomados, se
possível, após ingestão de alimentos. Recomenda-se beber seguidamente
cerca de meio copo de líquido.
Aspirina destina-se ao alívio de sintomas ocasionais pelo que não deverá ser
utilizada durante períodos prolongados (mais de 3 dias).
Caso se tenha esquecido de tomar Aspirina:
Se se esqueceu de tomar o medicamento deve retomar a medicação sem
tomar uma dose a dobrar para compensar a que se esqueceu de tomar.
Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar
Em caso de intoxicação por ingestão exagerada de comprimidos, contacte
imediatamente o seu médico, o hospital ou o Centro de Informação Anti-
Venenos (Tel. 808 250 143). Se possível leve a embalagem com os
comprimidos.
Deve considerar-se a possibilidade de intoxicação em indivíduos idosos e
principalmente em crianças de tenra idade (sobredosagem terapêutica ou
envenenamento acidental os quais podem ser fatais).
Intoxicação moderada:
Se tomou mais que a dose indicada ou no caso de uma sobredosagem
poderão ocorrer efeitos indesejáveis, como: zumbidos, perturbações da
audição, dores de cabeça, vertigens, e confusão mental. Se verificar estes
sintomas deve reduzir a dose.
Intoxicação grave:
Em casos de intoxicação grave pode ocorrer hiperventilação (respiração
ofegante), cetose, alcalose respiratória, acidose metabólica, choque
cardiovascular, dificuldades respiratórias, febre alta, coma e hipoglicémia grave
(diminuição do açúcar do sangue).
Tratamento de emergência:
Transferência imediata para uma unidade hospitalar especializada.
Lavagem gástrica, administração de carvão activado, monitorização do
equilíbrio ácido -base, diurese alcalina por forma a obter uma urina com um pH
entre 7,5 e 8; a diurese alcalina forçada deve considerar-se quando a
concentração plasmática de salicilados é superior a 500 mg/litro (3,6
mmol/litro) em adultos ou 300 mg/litro (2,2 mmol/litro) em crianças.
Possibilidade de hemodiálise na intoxicação grave.
As perdas de fluidos devem ser compensadas.
Tratamento sintomático.
5. Efeitos secundários possíveis de Aspirina
Como todos os medicamentos Aspirina pode causar efeitos secundários, no
entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz
durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.
Efeitos gastrointestinais:
. Dor abdominal, azia, náusea e vómitos;
. Hemorragia gastrointestinal que por vezes pode ser detectada pela presença
de sangue nas fezes, e que pode levar a anemia por carência de ferro;
. Úlceras gastrointestinais que podem resultar em perfuração (em particular
nos idosos);
. Alteração dos resultados de certas análises ao fígado (elevação das
transaminases).
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais
elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se
associada a hemorragia ou perfuração e em doentes idosos. Informe o seu
médico assistente se tiver sintomas abdominais e de hemorragia digestiva,
sobretudo no inicio do tratamento.
Reacções de hipersensibilidade (alergia):
Ex: Úrticária, reacções cutâneas, reacções anafilácticas, dificuldades
respiratórias e edema de Quincke.
Efeitos sobre o sistema nervoso central:
Podem ocorrer tonturas e zumbidos em casos de ingestão de doses
excessivas, especialmente em crianças e indivíduos idosos.
Alterações sanguíneas:
Ao ácido acetilsalicílico está associado um risco aumentado de hemorragias
(hemorragia intracerebral, hemorragia intraocular, porfíria, hemólise associada
a deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase.
Se apresentar algum dos efeitos acima referidos para o tratamento com
Aspirina procure o conselho do seu médico ou farmacêutico para avaliar o grau
de gravidade da reacção e decidir sobre a necessidade de qualquer outra
medida a tomar.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos
secundários não mencionados neste folheto informe o seu médico ou
farmacêutico.
6. Como conservar Aspirina
- Os comprimidos devem ser conservados na embalagem original do
fabricante.
- Não conservar os comprimidos acima de 30ºC.
- Manter fora do alcance e da vista das crianças.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
- Comunique ao seu médico ou farmacêutico a ocorrência de qualquer efeito
indesejável não mencionado neste folheto.
- Verifique sempre o prazo de validade dos medicamentos inscrito na
embalagem.
- Não utilize Aspirina depois de ultrapassado o prazo de validade indicado na
embalagem e no blister.
PARA MAIS INFORMAÇÕES
Se tem alguma dúvida ou pergunta sobre Aspirina contacte o seu médico ou
farmacêutico.